Ser Padre Hoje - Padre Vitor Feller lança livro sobre o dom do sacerdócio


Assinado pelo Padre Vitor Feller – presbítero diocesano da Arquidiocese de Florianópolis desde 1980 – Ser Padre Hoje é o primeiro volume da série “Ser...Hoje”, publicação da Editora Ave-Maria.
O livro apresenta os sacrifícios, desafios, mistérios e obrigações que um homem precisa passar para se tornar ministro do sacerdócio de Cristo.
“Ser sacerdote é uma das missões do padre, aquela que o caracteriza mais e pela qual ele é mais chamado em causa: homem do culto, administrador dos sacramentos, presidente da missa e oficiante da oração cristã.”(p. 7)
Além de explanar sobre as obrigações do sacerdote perante a Igreja, o livro explica que o padre é muito mais do que isso.



“Considerá-lo apenas como sacerdote é reduzir sua missão ao altar, à oferta do sacrifício eucarístico, esquecendo que ele é também homem do púlpito e da praça, homem da Palavra a ser anunciada e do pobre e do povo a serem servidos.” (p.7)
Falando sobre os desafios sociais, eclesiais e pessoais, a obra é um manual sobre o papel do ministro nos dias atuais. Ser padre hoje é uma obra de esclarecimento e descoberta, seu conteúdo torna-se abrangente e plural por não falar apenas para os cristãos, mas também para leigos e futuros presbíteros.
“Ser padre é ser e agir como Jesus de Nazaré. É perguntar-se sempre: o que Jesus diria e faria se estivesse hoje aqui em meu lugar? É viver a relação com Deus, com as pessoas, comigo mesmo e com as coisas, consciente de que é Deus que, com sua graça, age em mim.” explica o autor da obra,
Pe. Vitor Feller
A série Ser...Hoje” ainda tem o título Ser Consagrado Hoje, livro de autoria do Padre Marcos Loro. Ainda esse ano a Editora Ave-Maria vai lançar o último livro da série, intitulado Ser Cristão Hoje.
Ficha técnica
Editora Ave-Maria
Autor: 
Pe. Vitor Feller
ISNB:  978-85-276-1471-9
Páginas: 144         
Formato: 14X21
Preço: R$ 24,90
Indicação: Padres, seminaristas e leigos
Ano: 2013
Leia abaixo a entrevista com o Padre Vitor Feller e saiba mais sobre o que significa ser padre nos dias atuais:

Assessoria de Imprensa da editora Ave Maria: 
O período de formação nos seminários é suficiente para preparação dos sacerdotes diante dos desafios do nosso tempo?
Pe. Vitor Feller:
 Sim. São sete anos: três anos para o curso de filosofia e quatro para o de teologia. Em muitas dioceses há ainda o ano propedêutico antes de tudo isso. Em outras há um último ano, chamado ano pastoral, depois de todos os estudos, como ano de engajamento no cotidiano do ministério presbiteral. Nesse caso, dá nove anos no total. É um tempo razoável. Tudo depende da seriedade do caminho formativo seguido pela diocese, coordenado pelo reitor e demais formadores, e vivido na casa de formação. Depende, sobretudo, do próprio processo de autoformação do seminarista. Há ainda que se considerar que a formação, como diz Aparecida, não termina nunca. Um sério problema da formação atual, entre outros, é o fato de que muitos formandos já se consideram prontos, não assumem a docilidade discipular. Entram na teologia, mas a teologia não entra neles. Há também muitos que, uma vez ordenados, acham que não precisam mais de formação.
AI: Em um mundo frenético e em constantes transformações, quais são as principais dificuldades que o padre enfrenta?
Pe. VF:
 Sem dúvida, a maior dificuldade é a correria do apostolado, a sobrecarga de atividades, a amplidão de solicitações. Como a ação pastoral diversificou-se muito e tornou-se complexa, o padre se vê atordoado diante de tantos afazeres e exigências e cobranças. Diante disso, ou acomoda-se, num complexo de vítima passiva; ou cai no ativismo estressante. Nenhuma dessas atitudes vai realizá-lo. O desafio é encontrar a própria interioridade, o próprio eixo espiritual. O Vaticano II indica que esse eixo se encontra na caridade pastoral, no seguimento de Jesus, Bom Pastor.
AI: Vivemos em tempos cada vez mais liberais. Como despertar a vocação de jovens a viver a obediência, castidade e pobreza?
Pe. VF:
 Há que apelar para a generosidade juvenil. Nadar contra a corrente dos ídolos do mundo, do mercado, da moda e da mídia, não é fácil. Tudo incentiva para que os jovens se preocupem em ter mais, ganhar mais, transar mais. É necessário que a Igreja apresente a beleza e a alegria que estão por trás da pobreza, da castidade e da obediência. Aqui é importante o testemunho dos padres e religiosos(as). Para dar um exemplo, no que tange à castidade: um bispo espanhol fala humoradamente de celibato frigorífico e celibato calorífico. Um celibatário frigorífico é amargo, ácido, descontente com tudo; é contraproducente na animação vocacional. Um celibatário calorífico é alegre, acolhedor; faz um ótimo trabalho vocacional.
AI: Com tantas religiões e novas igrejas surgindo, o que o padre deve fazer para evitar a migração de católicos para essas igrejas?
Pe. VF:
 Acreditar e simplesmente viver sua fé. Não se trata de atacar os outros. Esclarecer sim, atacar não. O papa Bento XVI ensinou, no Brasil, na abertura da Conferência de Aparecida, em 2007, que a Igreja cresce não por proselitismo, mas por atração. Devemos usar uma linguagem mais otimista, alegre e cordial, aberta e encorajadora.
AI: O que a vinda do Papa Francisco com suas mensagens diretas, representou para os padres do Brasil? Na prática, qual o efeito esperado da sua visita?
Pe. VF:
 Viu-se que o papa Francisco é acolhedor e bondoso com as multidões, os pobres, as crianças, os idosos, os jovens. Mas, quando está com os padres e os bispos, é bastante exigente, usa de uma linguagem bastante dura, como quem aconselha e corrige. Como Jesus fazia com os discípulos, chamando-os, ao menos em Marcos, de gente rude, duros para crer e entender. Para nós padres, Francisco é um exemplo a seguir em termos de centralidade cristológica, acolhida dos mais fracos, e despojamento de bens materiais. Espera-se que nós padres sejamos mais santos, mais criativos no apostolado, mais ousados no sair de nossa zona de conforto, mais respeitosos dos carismas das lideranças leigas e dos valores de quaisquer pessoas.
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