Mais saúde à mesa dos brasileiros

Mais da metade dos brasileiros (50,8%) estão acima do peso ideal e, destes, 17,5% são obesos. De acordo com dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2013, os números são 19% e 48%, respectivamente, superiores aos registrados em 2006. A obesidade é considerada fator de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão e para alguns cânceres.

Baseado no dados, o Ministério da Saúde lançou ontem o Guia Alimentar para a População Brasileira. A pasta produziu um documento sugerindo ao brasileiro dar preferência a uma alimentação caseira e fresca, além de evitar produtos ultraprossessados, como salgadinhos de pacotes, macarrão instantâneo e refrigerantes. A publicação tem 152 duas páginas e será distribuída em escolas e unidades de saúde. O ministério também dispobilizou uma versão on-line no site.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou que a obra tem linguagem acessível. “O guia se transforma cada vez mais em um instrumento de educação para a alimentação saudável”, disse. “Ele passa a ser um manual que prioriza a qualidade dos alimentos ingeridos. Não há mais, por exemplo, uma predefinição de porções”, disse o ministro referindo-se ao formato das orientações anteriores, que trabalhava com grupos alimentares e porções recomendadas de carboidratos e proteínas.

Lançado em 2006, o primeiro guia era de difícil compreensão mesmo para profissionais de saúde, de acordo com o ministro. Desta vez, a publicação é ilustrada e de linguagem mais clara. O guia também valoriza, de acordo com Chioro, os hábitos culturais dos brasileiros. O prato mais comum na mesa dos brasileiros — com arroz, feijão, salada e uma carne — foi bem recomendado pela pasta. A restrição é mais pelo modo de preparo. Orienta-se que a utilização de óleo, gordura, sal e açúcar seja sempre em pequenas quantidades.