JMJ Rio2013 revelou o rosto vivo e jovem da Igreja para o Brasi

JMJ Rio2013 revelou o rosto vivo e jovem da Igreja para o Brasil / Arqrio


O Rio de Janeiro, durante os dias 23 e 28 de julho passado, viveu momentos lindos e inesquecíveis com a Jornada. E não apenas para os católicos. Os moradores da Cidade Maravilhosa não se cansam de recordar aquele período em que, preparados para lidar com o caos de uma suposta multidão incômoda de rapazes e moças pelas ruas dos seus bairros, foram surpreendidos e encantados pela beleza do testemunho de vida e de fé de uma juventude fraterna, alegre e bem educada.
 E foram os cariocas mesmos a anunciarem a todo o Brasil essa bela experiência, pelas redes sociais e pelos veículos de comunicação que fizeram a cobertura desse evento mundial. Sim: o bom exemplo de rapazes e moças de todos os continentes ecoou por toda a sociedade brasileira e parece ter anunciado algo de novo ao País.
 — Este evento trouxe paz, tranqüilidade, alegria, juventude e vontade de querer seguir adiante. Depois desta JMJ, o que vai permanecer forte aqui no Rio de Janeiro é a fé em Deus. E eu agradeço aos jovens por tudo isso, nesse momento tão difícil que estávamos passando aqui, disse a carioca Ester Albuquerque.
 Fé é mesmo a palavra-chave que abrange a vivência daqueles dias e, ao mesmo tempo, arremessa os brasileiros a uma nova etapa na história da Igreja Católica no Brasil...
 O fundador da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo, acredita que, através da presença do Papa Francisco no Rio de Janeiro, começou a nascer uma “nova geração”:
 — Está surgindo uma nova geração, que, encantada, atraída pelo Evangelho e por Jesus Cristo, mostra ao mundo, à sociedade e ao Brasil o rosto vivo e jovem da Igreja. E isso é uma semente que poderá trazer grandes transformações para a sociedade. (...) A Jornada, com certeza, atingiu o coração do Brasil e produzirá frutos abundantes, afirmou.
 Para a cantora Elba Ramalho, a beleza do testemunho de fraternidade da juventude tem a força de mudar a percepção que as pessoas têm do que é a vivência da fé:
 — Eu tenho certeza de que o Brasil vai ter um novo olhar com relação à Igreja, à fé, ao amor, à caridade para com o próximo, sobretudo com relação à vida humana. (...) Parabéns ao Rio de Janeiro, porque foi lindo!(...) E principalmente aos jovens, que deram um show!
 O acolhimento dos cariocas e também o que existiu entre os próprios jovens, no lidar diário de uns com os outros em tantos eventos de massa, foi um marco impressionante para muitos:
 — O grande fruto para o Brasil foi a experiência que os jovens tiveram do calor humano. O Papa veio na hora certa. O Brasil precisava disso, afirmou Rosa da Silva Almeida Câmara, que trabalhou na JMJ Rio2013 como voluntária do Setor Hospedagem.
 Mas, sem dúvida, o grande estímulo para a Igreja no Brasil partiu do testemunho do Papa Francisco, que tocou o coração da juventude e — por que não afirmar? — de cristãos e não cristãos do mundo inteiro, que, atentamente, pelo menos em algum instante, souberam de algumas palavras do Pontífice, pelos veículos de comunicação social:
 — As palavras que o Papa Francisco pronunciou nos Atos Centrais me marcaram muito. Ele disse tudo aquilo que o nosso coração precisava ouvir, como católico, como cristão, como quem precisa de alento para a fé. As palavras dele vieram no momento exato, porque há muita gente desacreditada do país, muita gente indo às ruas protestar – o que é bom, mas precisa ser feito com consciência cristã. Ele trouxe um pouco dessa harmonia. Acredito que os jovens vão estar mais dispostos a testemunhar, e o Papa, com toda a sua vida, mostrou que é possível ter uma vida cristã, coerente, ética, por meio da simplicidade. Acredito que esse exemplo possa motivar os jovens a também levar essa vida e a ter um propósito e a não andar no vazio, contou Anderson Vasconcelos Barreto, peregrino de Manaus.
 — O Papa Francisco encantou toda a população brasileira. Então, eu acho que as pessoas, ao verem nele essa transparência e proximidade com o povo, vão se sentir estimuladas à caridade e à humildade. E que, também por isso, a unidade da juventude, e não só católica, vai acontecer, apostou Morena Ferraz, voluntária vinda de Vila Velha (ES).
 Para a carioca Rani dos Santos Jaber, que atuou como voluntária no Setor Atos Culturais, a experiência da JMJ revela um tempo de graça, que apenas tem início:
 — Agora, a gente entra num novo tempo de Igreja, já que a Igreja do Rio e do Brasil sentiu Jesus bem de perto. Pudemos perceber e até tocar uma Igreja viva, real, jovem. É um novo tempo, um renascer, um mover novo de Deus para nós. E a gente está empolgado para ir bem além, sempre em frente. Pra gente, foi só o começo!