O Ano da Fé foi proclamado pelo Papa Bento XVI desde o último mês de outubro. São muitas as propostas para este tempo forte em que os católicos são convidados a reafirmar sua fé em Cristo e na Igreja.
Bento
 XVI, em suas catequeses, tem se dedicado a transmitir conteúdos que 
aprofundam questões próprias da fé cristã. Além disso, muitos estudiosos
 têm escrito sobre o assunto, propondo reflexões, apontando caminhos 
para que a Igreja corresponda ao apelo do Papa para este ano.
Apesar de todo o conteúdo já oferecido aos fiéis, alguns ainda podem se perguntar: como viver o Ano da Fé no dia-a-dia?
De
 acordo com o Padre Antônio Luiz Catelan Ferreira, Assessor da Comissão 
Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do 
Brasil (CNBB), há caminhos bem específicos para quem quer viver bem este
 tempo forte da Igreja Católica e colher bons frutos desta experiência.
O primeiro passo sugerido pelo padre Antônio Luiz, para viver o Ano da Fé no cotidiano da vida, é a leitura da Porta Fidei,
 Carta Apostólica escrita pelo Papa por meio da qual proclamou o Ano da 
Fé. Desta forma, diz o padre, o fiel viverá o Ano da Fé em comunhão com o
 Santo Padre e não de forma aleatória.
Depois,
 o padre sugere a recitação do Credo diariamente. Se possível, rezar o 
Credo Niceno-Constantinopolitano que é a profissão de fé ainda mais 
completa, originado nos Concílios de Nicéia (ano 325) e Constantinopla 
(ano 381). A recitação pode  suscitar no fiel o desejo de aprofundar o 
Credo e saber o que ele significa, afirma Padre Antônio.
Desde
 o início de sua vida apostólica, a Igreja elaborou o que passou a ser 
chamado de “Símbolo dos Apóstolos”(Credo), assim chamado por ser o 
resumo fiel da fé dos Apóstolos; foi uma maneira simples e eficaz da 
Igreja apostólica exprimir e transmitir a sua fé em fórmulas breves e 
normativas para todos. Nos seus doze artigos, o Creio sintetiza tudo 
aquilo que o católico crê.
No
 terceiro passo, o fiel deve estar atento às atividades que serão 
propostas nas paróquias por ocasião do Ano da Fé e vivê-las bem. Por 
fim, padre Antônio sugere que se tome o Catecismo e se comprometa com 
seu estudo ao longo deste ano especial para a Igreja.
Nas
 circunstâncias do Ano da Fé, onde os católicos são incentivados a 
redescobrir e aprofundar a fé, padre Antônio Luiz faz um alerta:
“É
 possível conhecer o Catecismo da Igreja e a Teologia, mas não ter fé. 
Um ateu pode estudar a Teologia e o catecismo católico e nem por isso 
crer. Ele pode decorar palavra por palavra, conhecer a Teologia melhor 
que um teólogo católico, mas esse conhecer do ateu é um conhecimento 
exterior. O conhecimento da fé típico do cristão é um conhecimento por 
dentro, amoroso, que envolve uma forma de participação. Essa forma 
produz muitos frutos.”
Logo,
 de acordo com o padre, é preciso cuidar para que o ato de conhecer e 
aprofundar a fé seja repleto de profundo amor por Cristo e pela Igreja e
 manifestem um desejo interior de crescer na fé, a fim de vivê-la 
melhor.
Pe. André Luiz - Comunidade Canção Nova